Não é bem assim. Quando Kardec se refere ao espírito como o princípio inteligente do Universo ele usa e-minúsculo. Quando ele se refere ao espírito como individualidade consciente de si mesmo ele então usa com E-maiúsculo.

Espíritos não “morrem afogados” pois são imortais, e se quiserem podem ficar nos fundos dos oceanos. No entanto não há informação confiável de que eles habitam as águas.

Não, o que nos faz sentir cheiros diferentes são as diferentes moléculas que se espalham no ar e as diferentes estruturas moleculares que elas possuem.

Enquanto encarnado o nosso corpo é adequado ao mundo físico e está sujeito às leis materiais, enquanto desencarnado o nosso corpo espiritual obedece ao nosso nível evolutivo e às leis espirituais.

É necessário esclarecer o que se entenderia por “energia universal”. Buscando uma explicação espírita, segundo os Espíritos, na questão 27 de O Livro dos Espíritos, ante a pergunta de Kardec: “Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito? – “Sim e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o espírito não o fosse. Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.” Nesse sentido, o espírito é distinto de matéria, havendo dois princípios no Universo. No entanto, os Espíritos voltam ao assunto na questão 82, na qual Kardec pergunta: “Será́ certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?” Os Espíritos respondem: “Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. é a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.” (Ed. FEB. Trad. de Guillon Ribeiro). Agora, nesse sentido, sendo o Espírito matéria quintessenciada, ou seja, da mesma natureza do fluido cósmico universal, pode-se entender que há um só elemento primitivo do qual tudo se deriva. Esse elemento é o próprio fluido cósmico universal que dá origem à matéria densa e também à matéria quintessenciada. De toda forma, considerando a pergunta feita, só é possível dizer se o Espírito é ou não é energia universal se o conceito de energia, e mais que isso, energia universal, for fornecido com precisão. Mas lembremos que alguns conceitos na ciência são abstrações. Por exemplo, número, em matemática e energia, em física. Na questão 88, também de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se os “Espíritos têm forma determinada, limitada e constante”. Na resposta é considerado que “[…] o Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea”. Neste caso, por analogia esse Espírito também pode ser considerado como energia, por seu alto padrão vibratório; mas é sempre uma individualidade, não energia dispersa no Universo. Estamos ainda distantes de chegar a um conhecimento mais seguro sobre o assunto que merece nossa atenção e nosso dedicado estudo.