Perguntas e Respostas

Espíritos no Intervalo das Encarnações

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @estudo_le_febtv, referente à série apresentada por Carlos Campetti e Chirstiane Drux “Estudando O Livro dos Espíritos”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

As questões 307 e 308 de O Livro dos Espíritos esclarecem sobre o assunto:
307. Como é que ao Espírito se lhe desenha na memória a sua vida passada? Será por esforço da própria imaginação, ou como um quadro que se lhe apresenta à vista? – “De uma e outra formas. São-lhe como que presentes todos os atos de que tenha interesse em lembrar-se. Os outros lhe permanecem mais ou menos vagos na mente, ou esquecidos de todo. Quanto mais desmaterializado estiver, tanto menos importância dará às coisas materiais. Essa a razão por que muitas vezes evocas um Espírito que acabou de deixar a Terra e verificas que não se lembra dos nomes das pessoas que lhe eram caras, nem de uma porção de coisas que te parecem importantes. é que tudo isso, pouco lhe importando, logo caiu em esquecimento. Ele só se recorda perfeitamente bem dos fatos principais que concorrem para a sua melhoria.”
308. O Espírito se recorda de todas as existências que precederam a que acaba de ter? – “Todo o seu passado se lhe desdobra à vista, quais a um viajor os trechos do caminho que percorreu. mas, como já dissemos, não se recorda, de modo absoluto, de todos os seus atos. lembra-se destes conforme a influência que tiveram na criação do seu estado atual. Quanto às primeiras existências, as que se podem considerar como a infância do Espírito, essas se perdem no vago e desaparecem na noite do esquecimento.” (Ed. FEB, Trad. Guillon Ribeiro).

A Erraticidade é o “estado dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o intervalo de suas existências corpóreas.” (O Livro dos Médiuns, Cap. 32). A erraticidade absolutamente não é símbolo de inferioridade para os Espíritos. Há Espíritos errantes de todas as classes, salvo os da primeira ordem, ou puros Espíritos, que, não tendo mais que passar pela reencarnação, não podem ser considerados errantes. Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes, conforme seu grau de depuração. É nesse estado que o Espírito, então despojado do véu material do corpo, reconhece suas existências anteriores e as faltas que o distanciam da perfeição e da felicidade infinita. É ainda nessa condição que ele escolhe novas provas, a fim de progredir mais rapidamente. As questões 223 a 233 de O Livro dos Espíritos abordam com maestria essa questão. Quanto ao ócio, depende do Espírito. É sempre de acordo com a sua vontade e o seu desejo, mas todos são convidados ao trabalho permanentemente.

Em O Livro dos Médiuns, Capítulo 32, “Vocabulário Espírita” – erraticidade é definida como o “estado dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o intervalo de suas existências corpóreas.” Em O Livro dos Espíritos – Introdução ao estudo da Doutrina Espírita, item VI, encontramos: “Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos de contínuo. É toda uma população invisível, a mover-se em torno de nós.”