Perguntas e Respostas

Evolução

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @estudo_le_febtv, referente à série apresentada por Carlos Campetti e Chirstiane Drux “Estudando O Livro dos Espíritos”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

Fomos buscar nas palavras do próprio codificador a resposta para sua pergunta. No livro O Que é o Espiritismo, Allan Kardec afirma que: “Um dos primeiros resultados das minhas observações foi que os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência; que o seu saber era limitado ao grau do seu adiantamento, e que a sua opinião não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. Esta verdade, reconhecida desde o começo, evitou-me o grave escolho de crer na sua infalibilidade e preservou-me de formular teorias prematuras sobre a opinião de um só ou de alguns. Só o fato da comunicação com os Espíritos, o que quer que eles pudessem dizer, provava a existência de um Mundo Invisível ambiente; era já um ponto capital, um imenso campo franqueado às nossas explorações, a chave de uma multidão de fenômenos inexplicados. O segundo ponto, não menos importante, era conhecer o estado desse mundo e seus costumes, se assim nos podemos exprimir. Cedo, observei que cada Espírito, em razão de sua posição pessoal e de seus conhecimentos, desvendava-me uma face desse mundo, exatamente como se chega a conhecer o estado de um país interrogando os habitantes de todas as classes e condições, podendo cada qual nos ensinar alguma coisa e nenhum deles podendo, individualmente, ensinar-nos tudo. Cumpre ao observador formar o conjunto, com o auxílio dos documentos recolhidos de diferentes lados, colecionados, coordenados e confrontados entre si. Eu, pois, agi com os Espíritos como o teria feito com os homens: eles foram, para mim, desde o menor até o mais elevado, meios de colher informações, e não reveladores predestinados.”
No mesmo livro, no capítulo I, item Diversidades dos Espíritos e no capítulo II, itens Identidade dos Espíritos e Contradições, encontramos outras explicações dadas por Allan Kardec e que esclarecem a maneira pela qual era possível distinguir as comunicações enviadas pelos Espíritos Superiores. Sugerimos a leitura desses itens.

Em O Livro dos Espíritos, questão 118, Kardec pergunta: “Podem os Espíritos degenerar? – “Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.” Sobre essa questão, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, assinala, na obra Temas da Vida e da Morte: “Como jamais retrograda o Espírito, no seu processo evolutivo, os insucessos não atingem as conquistas, que permanecem, agravando, isto sim, o programa de responsabilidades de que se desobrigara, quando falharem as provações remissórias, mediante as expiações redentoras que serão utilizadas como terapêutica final.”

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII – Sede Perfeitos, Kardec registra: “Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: ‘Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial’, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que Ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar. Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade.” (Ed. FEB. Trad. Guillon Ribeiro). Também, no capítulo XI, item 9 de A Gênese, Allan Kardec destaca que progredir é condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa é o fim que lhes cumpre alcançar.

Sim, porque alcançada a evolução necessária para habitar corpos mais desenvolvidos, o Espírito não poderia habitar corpos que não são compatíveis com as experiências que precisa desenvolver na continuidade do desenvolvimento da consciência, do livre-arbítrio e da responsabilidade. Os Espíritos superiores esclarecem a Allan Kardec que não há retrocesso no processo evolutivo. As conquistas adquiridas já não se perdem mais. Recomendamos a leitura das questões 43 a 54, da Parte Primeira, capítulo III, de “O Livro dos Espíritos”, que tratam sobre a ‘Criação’. E, na mesma obra, as questões 585 a 613, da Parte Segunda, Capítulo XI, para aprofundar sobre a evolução do princípio inteligente.

Importante a leitura e análise do Capítulo XI, Parte Segunda, de “O Livro dos Espíritos”, questões 585 a 591, nas quais os Espíritos definem as plantas como seres orgânicos, dotados de vitalidade.

Nessas questões, tudo depende do sentido que se dá às palavras. O princípio inteligente, criado simples e ignorante, passou pelos reinos da Natureza em seu processo evolutivo até alcançar a condição de tornar-se Espírito. Sugere-se a leitura da Questão 540, de “O Livro dos Espíritos”, na qual se verifica que, em a Natureza, tudo se encadeia “desde o átomo primitivo até o arcanjo” e também as questões 585 a 613. Desdobramento do assunto podem ser encontrados no livro “A Gênese”, também de Allan Kardec, nos capítulos X (Gênese orgânica) e XI (Gênese espiritual).

A respeito da evolução do princípio inteligente recomenda-se a leitura, inicialmente, da Questão 540, na qual se verifica que na Natureza tudo se encadeia “desde o átomo primitivo até o arcanjo”; assim como das Questões 585 a 613, da Parte Segunda, capítulo XI, de “O Livro dos Espíritos”. O aprofundamento pode ser feito na obra “A Gênese”, também de Allan Kardec, nos capítulos X (Gênese orgânica) e XI (Gênese espiritual). Também pode ser lido o livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografia de F.C. Xavier.