Perguntas e Respostas

Mediunidade

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @estudo_le_febtv, referente à série apresentada por Carlos Campetti e Chirstiane Drux “Estudando O Livro dos Espíritos”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

A dedicação ao trabalho com Jesus não nos credencia à santidade e à ausência do cumprimento de possíveis débitos do passado que desconhecemos, e
que servirão para a nossa evolução espiritual. Lembre-se do ensino do Cristo “bem aventurados os aflitos”, pois nesse sofrimento, para o Espírito de seu pai, há uma utilidade, um aprendizado, constituindo-se uma bênção permanecer vinculado ao corpo por mais algum tempo. Sugerimos a leitura de O evangelho segundo o espiritismo, capítulo 5, itens 6 e 12. Tenha a certeza de que em tudo está a infinita misericórdia de Deus para com os seus filhos. Sua pergunta demonstra não somente amor, mas o dever de um filho cristão que está atento ao mandamento “honrar pai e mãe”.

Allan Kardec, no item 159 de O livro dos médiuns, diz que “todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos é, por esse fato, médium. Esta faculdade é inerente ao homem, não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. O Espírito Manoel Philomeno de Miranda, na obra Vivência mediúnica, diz que existem dois grandes grupos de médiuns: os ostensivos e os discretos. Portanto, é necessário estudar os tipos de mediunidade e de médiuns.

É sabido que o telefone, nesse tipo de comunicação, toca de lá para cá. Por alguma necessidade, Espíritos de entes queridos poderão, a seu critério e por permissão dos benfeitores, manifestar sua vontade escrevendo cartas aos familiares. Desde que haja um motivo útil. E encontrem condições favoráveis, poderão comunicar-se, mas nunca os bons e superiores se comunicam por nosso desejo ou para satisfazer nossa curiosidade.

Os obsessores não rondam quando a mediunidade aflora. Se há obsessor, é porque ele já estava próximo a quem se vincula. A mediunidade é apenas a janela que possibilita ao seu portador identificar melhor os obsessores e, por isso, ter melhor condição de sair da linha de influência, libertando-se. Daí a necessidade dos médiuns se evangelizarem. Vigiar e orar para não cair em tentação, e orar pelos nossos inimigos, são recomendações do Evangelho de Jesus, para uma boa educação mediúnica.

As aparições de Jesus, como era visto por todos os presentes, caracterizam-se como processo de materialização com ectoplasmia, sendo que os próprios discípulos ofereciam o ectoplasma para o fenômeno, ainda que de forma inconsciente. Seria algo semelhante ao que aconteceu na passagem evangélica da Transfiguração.

A diferença está em que a visão mental se processa no interior do cérebro na região do diencéfalo, como esclarece André Luiz, pelo parcial desprendimento do Espírito do corpo físico. Já a visão ocular se dá pela materialização do Espírito com a utilização do ectoplasma do médium. No primeiro caso só o indivíduo em parcial desprendimento vê, no segundo caso todos os presentes veem.

A visão mental se processa no interior do cérebro na região do diencéfalo, como esclarece André Luiz, pelo parcial desprendimento do Espírito do corpo físico. A visão ocular se dá pela materialização do Espírito com a utilização do ectoplasma do médium. No primeiro caso só o indivíduo em parcial desprendimento vê, no segundo caso todos os presentes veem.

Sim, pode-se entender a mediunidade como uma forma dos encarnados perceberem os Espíritos desencarnados. No entanto, a mediunidade é mais que isso, pois ela não existe apenas para permitir a comunicação entre este plano material e o espiritual, mas pode ser considerada como um canal para que os Espíritos possam se comunicar entre dois planos de vida. Recebemos descrições dos Espíritos referindo-se a médiuns no plano espiritual servindo de intermediários para a manifestação de Espíritos que estão em planos superiores. Nos livros de André Luiz há vários exemplos dessa natureza.

Cada situação tem sua particularidade, não se trata de mérito neste caso. Nem todas as pessoas encaram o fenômeno da morte física de modo igual. Muitas demoram a despertar, outros demoram a se desligar do corpo e do local em que estavam na hora da “morte” ou até de suas casas. Outros se negam a aceitar que já não estão mais no corpo físico e reagem com certa revolta. Alguns, mesmos percebendo que o corpo se encontra inerte, não aceitam de imediato, mas, geralmente o momento da passagem requer tempo para a maioria das pessoas. Para alguns há certo desconforto no desligamento e para outros tudo é mais simples. Do mesmo modo que os corpos reagem bem ou mal a determinados medicamentos ou assimilam melhor determinadas enzimas e nutrientes, e outros não, assim são as reações no “pós-morte”. Essas diferenças de comportamento e atitude, e até a qualidade da fé, fazem a diferença nessa hora. Pessoas mais espiritualizadas, mais calmas, resilientes e até com conhecimento espírita, diante das situações inusitadas, reagem e aceitam melhor as novas situações. Esta e outras respostas sobre o assunto podem ser encontradas em O Livro dos Espíritos – livro II, capítulo III questões 154 a 165 e capítulo VI, questões 318 e 319.

Primeiramente estudar continuamente sobre a mediunidade com Jesus e renovar atitudes diárias. Somente o estudo sério e as boas práticas da mediunidade, com desejo sincero de se melhorar, serão barreiras para minimizar os efeitos das obsessões, ao tempo que colaboram para que o perseguidor também aprenda e se modifique. Além do estudo paciente e continuado de O Livro dos Médiuns, o Projeto e obras de Manoel Philomeno de Miranda e as obras de André Luiz, entre outros, que nos aguçam o conhecimento, o trabalho caritativo permanente ergue couraça para as obsessões. Como nos lembrava o Apóstolo Paulo, que a fé sem obras é morta, diríamos parafraseando-lhe o estudo e o conhecimento sem obras beneméritas é também morto, porque não sai do nível intelectivo para o coração e para as mãos que devem ser calejadas de trabalho.