O dicionário define intuição como “faculdade ou ato de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de análise”. No sentido filosófico pode ser entendida como “forma de conhecimento direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão metafísica ou à realidade concreta” (Definições de Oxford Languages). Ainda que usada como sinônimo de inspiração, as duas palavras têm significados próprios. Nessa linha de raciocínio, intuição pode ser entendida como uma capacidade anímica (da própria alma do indivíduo), sendo a faculdade mediúnica mais propriamente chamada de inspiração. Não diz “musa intuidora”, mas sim “musa inspiradora” das artes, por exemplo. Dessa forma, a faculdade mediúnica seria de inspiração e não de intuição. A dificuldade para distinguir uma da outra é acentuada pelo fato de os Espíritos utilizarem nossos canais intuitivos para nos inspirar, pois lhes facilita o processo de transmissão dos conteúdos para nós quando usam nosso próprio sistema de referências para vestir as ideias que querem transmitir. No entanto, como Allan Kardec fala da mediunidade de intuição em O Livro dos Médiuns, Cap. XV, fica o assunto para aprofundamentos futuros. Com essas informações, chamando de intuição ou inspiração, podemos dizer que sim, todos temos essa capacidade mais ou menos desenvolvida. Os sonhos são experiências que podem ser apenas psicológicas, mas também mediúnicas, nos casos em que intercambiamos informações com seres desencarnados durante o desprendimento do Espírito em relação ao corpo durante o sono,
sendo possível inclusive a presciência.