Perguntas e Respostas

Mediunidade

Perguntas elaboradas pelos participantes do grupo Telegram @estudo_le_febtv, referente à série apresentada por Carlos Campetti e Chirstiane Drux “Estudando O Livro dos Espíritos”, canal da FEBtv no YouTube, e respondidas por uma equipe de estudiosos do tema.

O dicionário define intuição como “faculdade ou ato de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de análise”. No sentido filosófico pode ser entendida como “forma de conhecimento direta, clara e imediata, capaz de investigar objetos pertencentes ao âmbito intelectual, a uma dimensão metafísica ou à realidade concreta” (Definições de Oxford Languages). Ainda que usada como sinônimo de inspiração, as duas palavras têm significados próprios. Nessa linha de raciocínio, intuição pode ser entendida como uma capacidade anímica (da própria alma do indivíduo), sendo a faculdade mediúnica mais propriamente chamada de inspiração. Não diz “musa intuidora”, mas sim “musa inspiradora” das artes, por exemplo. Dessa forma, a faculdade mediúnica seria de inspiração e não de intuição. A dificuldade para distinguir uma da outra é acentuada pelo fato de os Espíritos utilizarem nossos canais intuitivos para nos inspirar, pois lhes facilita o processo de transmissão dos conteúdos para nós quando usam nosso próprio sistema de referências para vestir as ideias que querem transmitir. No entanto, como Allan Kardec fala da mediunidade de intuição em O Livro dos Médiuns, Cap. XV, fica o assunto para aprofundamentos futuros. Com essas informações, chamando de intuição ou inspiração, podemos dizer que sim, todos temos essa capacidade mais ou menos desenvolvida. Os sonhos são experiências que podem ser apenas psicológicas, mas também mediúnicas, nos casos em que intercambiamos informações com seres desencarnados durante o desprendimento do Espírito em relação ao corpo durante o sono,
sendo possível inclusive a presciência.

De fato, a mediunidade é uma faculdade que depende de uma predisposição orgânica, mas tem suas raízes no organismo perispiritual. Por depender de predisposição orgânica, não significa que a audição de Espíritos se faça por meio do aparelho auditivo físico sensorial, do mesmo modo que a vidência não se dá pelos olhos físicos, de vez que mesmo de olhos fechados o médium vidente vê os Espíritos. Assim, a perda auditiva no corpo não impedirá o médium de ouvir a voz dos imortais, porque é o Espírito que ouve. “Nossas comunicações com os Espíritos encarnados se realizam unicamente pela irradiação do nosso pensamento.” (O Livro dos Médiuns, cap. XIX.) A mediunidade é uma função orgânica, ordinária, natural, fisiológica, inerente a todos os seres humanos, embora em gradações muito diferentes. (O Livro dos
Médiuns, cap. XX.). Ao examinar a questão em o livro “Evolução em Dois Mundos”, André Luiz nos informa que “a faculdade mediúnica vem sofrendo através dos milênios paciente desabrochar, acompanhando o Espírito eterno em seu processo evolutivo. É, portanto, uma função do Espírito que se projeta no corpo a cada nova existência, sendo continuamente aprimorada”.

Difícil dizer sem exame particularizado da situação. Poderia ser qualquer coisa: ilusão de ótica, presença de Espíritos presos a alguma situação do passado, Espíritos brincalhões ou maus querendo perturbar a pessoa que os está vendo, entre muitas outras. Sugerimos que a pessoa que esteja vendo isso não se deixe envolver pela curiosidade. Que ore, pedindo ajuda para manter o equilíbrio e para que, se forem Espíritos, em quaisquer situações que estejam, que sejam encaminhados pelos trabalhadores espirituais do bem para que saiam da situação, buscando o caminho para seguir em sua evolução espiritual.