Na época de Kardec não havia meios ainda de se medirem o tamanho dos cometas e eles eram vistos pela sua luminosidade e pela cauda formada. Mas eles são formados com as matérias disponíveis na formação do sistema planetário solar. Portanto da matéria (gases e sólidos da formação do sistema) de formação dos mundos. A resposta dos Espíritos está por isto mesmo correta, o que não significa que eles se tornariam no futuro novos mundos. A resposta mais precisa viria com as investigações dos cientistas como trabalho e conquista humana. O complemento da resposta dada pelos Espíritos é que se faz mais importante sobre a crença na influência dos cometas, sendo importante ler esse complemento com atenção.

O conceito de espaço e tempo são conceitos nossos para o nosso Universo observável. Os Espíritos nos afirmam que não se pode imaginar Deus em nenhum momento inativo e Ele é ETERNO, não teve começo e nem terá fim.

Lembrando a máxima de Jesus “vigiai e orai para não cairdes em tentação” (Mateus 26, 41-42), os Espíritos que já não precisam reencarnar em mundos de provas e expiações, ao aceitar esse desafio sabem que podem vir a comprometer-se, gerando necessidade de novas reencarnações de reparação. No entanto, pelo grau de evolução que já alcançaram, estão bem mais preparados para resistir e evitar as quedas e tropeços. Por outro lado, geralmente, são mais dóceis à influência dos benfeitores espirituais que os inspiram e auxiliam.

Todos os seres são princípios espirituais ou Espíritos em evolução. Por que reencarnariam em grande sofrimento? Reencarnam em sofrimento os Espíritos que estão comprometidos por desrespeito às Leis Divinas.

O desafio para localizar vida em outros planetas pode estar na concepção de matéria a partir da ciência dos homens. De acordo com a Questão 55, de O Livro dos Espíritos, há, sim, vida em outros mundos; e que é o orgulho e a vaidade que nos fazem acreditar que Deus criou o Universo tão somente para a humanidade terrena. Também na Revista Espírita, de março de 1858, Allan Kardec, ao escrever sobre “Pluralidade dos mundos”, questiona da seguinte forma: “- Como podeis acreditar que Deus tenha feito o mundo somente para vós? […] Que homem sensato poderia crer que esses milhões de astros que cintilam sobre nossas cabeças foram feitos somente para recrear os nossos olhos?” Sugerimos o estudo da obra Cartas de uma Morta, do Espírito Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier, ditada por ela ao próprio Chico, em 1935.